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Fantasma da Orquestra

A melancolia crónica de uma pseudo violinista ansiosa, agora na terra das alfaces frequentando a cena musical na Berna.

A melancolia crónica de uma pseudo violinista ansiosa, agora na terra das alfaces frequentando a cena musical na Berna.

29592 # 26

Mais um ano, mais uma viagem à roda. Ainda não foi desta, diz-se.

 

Perdi o número redondo. Agora é 26. Significa também que já não posso concorrer à maioria dos estágios de orquestra e concursos de violino, porque já sou maior de 25 anos. Vejo portas a fecharem-se à minha frente. Dizem que quando umas se fecham, outras se abrem, mas não vejo mais nenhuma a abrir-se, nem janelas. Provavelmente farei um buraco na parede à conta de tanto marrar nela. Seria engraçado, um buraco com a minha forma, como nos desenhos animados, na parede em que estive para ficar fechada. Só porque sou teimosa.

 

Há pessoas de quem eu espero, todos os anos, uma mensagem. Desde a meia-noite em ponto, espero 24 horas certinhas, e depois mais um bocadinho caso não vá chegar atrasado, salta o coração de cada vez que cai um mail, que vem uma notificação. Espero. E nunca é. Espero. Que se lembrem, só hoje, que um dia tivemos amizade, que as quis tanto, que se calhar ainda as quero, bem, que eu também me lembro dos dias delas, que um dia houve importância, e que hoje eu espero para me sentir bem só com duas palavras que nunca chegam. Sento-me, e continuarei a esperar, em silêncio.

 

Há um bolo que faz parte da memória, nesta casa que é minha. E havia uma espécie de ritual à volta dele também. Porque é o bolo de gila e amêndoa, que poucos conhecem, e leva abóbora gila. Os meus avós já não têm na horta, e no mercado anda um bocadinho carota. Mas fazia parte. Primeiro atirar a abóbora para a partir, porque não se pode cortar (não se pode usar nada de metal na abóbora, nem facas nem colheres nem garfos, nada). Depois cozer, e separar os fios da casca. O resultado era aquilo que eu só conseguia descrever como uns fios doces. E depois usava-se no bolo. A receita vinha num livro grande, de capa castanha, de uma senhora que era o Lopes-Graça e Giacometti da culinária portuguesa. E era bolo para ser de doçaria conventual, porque é riquíssimo, e estas coisas só mesmo os frades é que podiam. Parece que ainda hoje os ingredientes são caros.

Este ano não temos amêndoa que chegue.

 

Diz-se que o alinhamento das estrelas no dia em que se nasce é capaz de prever a personalidade e o futuro da pessoa. Alegro-me por cada vez constatar mais e mais que não sou nada como dizem que é o meu signo do zodíaco, seja o ocidental seja o chinês, e o futuro está tão às escuras que nem com uma daquelas velas gordas das igrejas se ilumina um pedacinho.

 

Vou vestir a minha blusa dos anos, um casaco novo e meias dos Slytherin, vou beber Fanta Uva. Vou tocar Paganini. São as tradições de aniversário que tenho. Valem o que valem. Se me fizerem feliz por 24 horas, que seja.

Por mais oportunidades como esta, se faz favor

Passados uns três anos, é verdade, esqueci-me de dizer, voltei à ESML e fui com o Grupo de Música Contemporânea da Universidade de Évora para fazer a estreia absoluta de três peças novas, música fresquinha acabadinha de sair.

E já me tinha esquecido de como aquilo é. Caraças, pareço sempre um bocado saloia em Lisboa, mas aquilo é grande, dá a impressão de haver salas para todos (eu sei que é mentira e que também há gente em Lisboa que tem de esperar para ter sala para estudar, mas têm mais salas do que nós, não me moam), e o auditório é espectacular. Fica sempre aquele apertozinho no coração, o "quem me dera poder estudar aqui" e o "quando será a próxima vez que cá volto?". Nóias minhas, sempre. Além disso, Lisboa tem tudo. Incluíndo o trânsito meio caótico.

 

Devo confessar que desta vez me deu muita pica, ir lá não como alguém que vai para provas, quase a pedir por favor que me ouçam, mas ir como artista à declarada, num grupo, e apresentar o nosso trabalho como o nosso trabalho finalizado e merecedor de ser ouvido. E fiquei contente pelos meus colegas compositores, fora o imenso que já aprendi com o grupo e com a música contemporânea, com o mestre Bochmann, com o trabalhar de peças ao lado do compositor das mesmas.

(Mas ainda continuo a gostar muito de música tonal...)

EUROVISÃO

The Final is here, e então também o mega post.

E este ano estamos todos obrigados a ver a Eurovisão.

(Mais uma vez: isto é a minha opinião pessoal, que a muitos desagradará, que pode parecer ácida. Temos pena. Este é o meu blog.)

 

 

O tema está ligado ao mar, não fosse Portugal quase só reconhecido por uma costa enorme, praias e sardinhas, mas assim na dúvida, mete-se já água. Vá, estou a brincar, ficou porreirinho, meterem os sons de Portugal como banda sonora com os sinos de igreja e (adorei) como apontamentos o chamamento do amolador (tanto que o ouvi na infância). Só é pena só porem imagens de Lisboa, porra, temos mais país*. E depois, não podia faltar, vá de fado. Não podíamos não enfiar isso nalgum lado.

Vai daí que temos a super Mariza. E a Ana Moura.

Após isso, dois DJs a destruir uma guitarrada à portuguesa. A destruir os Verdes Anos. Devia ser proibido, mas é a Eurovisão. Perdoa-nos Carlos Paredes. Choremos.

 

Enquanto apresentam os países candidatos, não posso deixar de reparar que, bem, conseguiram um palco bastante bonzinho para isto tudo. Parabéns ao trabalho de luzes, que é basicamente tudo o que terão para decorar os cantores e a música. Mas, já se sabe, simples também é bom gosto.

*Afinal os separadores entre as músicas são imagens de terras um pouco por todo o país, devidamente identificadas, o que dá a conhecer um pouco a beleza do país, e fica uma ideia bonita. Ainda assim, 50% das localizações eram em Lisboa e 25% na Madeira, restando depois um espacinho para mostrar o Porto, Monsanto e o Caramulo... temos mais país, que eu saiba.

Já as apresentadoras... a Daniela safa-se muito bem, costumo gostar da Filomena e acho que se mexe bem e interage, a Sílvia Alberto é-me irritante e a Catarina Furtado podia ter investido mais numas aulinhas de inglês e menos em futilidades, mas já sabemos que ela só se mantém na televisão porque eles gostam mesmo é dela a fazer futilidades, portanto nada de novo. E, se já tivemos tantos a falar inglês macarrónico, porque não ela também?

 

UCRÂNIA

Anderam a ler as obras vampirescas da Anne Rice, porque meteram um gajo vestido de Bela Lugosi dentro de um caixão com luzes vermelhas, saíndo de lá ao estilo, coreografia a lembrar o Twilight... ao menos sabe fingir que toca piano. A música em si não está má, mas não é nada de espectacular.

 

ESPANHA

Uma moça e um menino vestido de toureiro com uma voz que me fez lembrar os "sopinha de massa"... okay, pronto, é o estilo dele. Depois do apelo do Salvador, os países latinos cantam nas suas línguas. Estes trouxeram uma baladazinha, não me encheu muito o apetite também.

 

ESLOVÉNIA

Vai-se a ver a moda é o cabelo cor-de-rosa. Meninas em batida forte, umas com calças, umas sem (assim como a Beyoncé fez com as single ladies), infelizmente não percebo um cu da letra (o downside do apelo do Salvador), e a mocinha ainda pede que cantem com ela... pode-se inventar a letra?

 

LITUÂNIA

Simples. Menina em vestido rosa, sentada no chão, canta uma balada sentimental, com imagens de casalinhos de várias idades. Na minha opinião, um bocadinho pãozinho sem sal. E depois vai ter com o namorado acima da ponte e chora.

 

ÁUSTRIA

Apresenta-se um moço bem parecido, preto (não sou racista, mas sei bem que lá nesses países a coisa já deu marosca). Lisbon how you doin'?, já faltava.

 

ESTÓNIA

Mais uma que não percebo a letra, mas não está mau de todo. Ai, caraças, o vestido ilumina-se parece o do Frozen, é enorme ou eu é que não percebo onde acaba o vestido e começa o chão, e a gaja canta que se desunha, isto é voz de cantora clássica... não me admirava nada que tivesse saído de uma universidade de música em canto lírico (atinge as notas da rainha da noite numa boa). Tem uma voz do caraças.

 

NORUEGA

Eu sei que sou muito pela Noruega, porque é o Alexander Rybak, e ele é dos meus. A música não tem assim tão de especial, mas ele toca violino e pronto, para mim podia ser tudo. Tem batida, tem melodia, a letra é um pouco parvinha. Tem violino. Cinquenta pontos.

 

PORTUGAL

Isaura, Isaura, o que é que eu te disse... punhas uns violinos e violoncelos (contratavas-me) e ficava um mimo. Assim, um quarteto e um piano a tocar em palco, e estava. Pronto, temos piano, e umas lanternas semi-flutuantes como a Rapunzel da Disney, cabelinho rosa. As lanternas podiam ser aquelas antigas, tipo as lanternas dos afogados. E depois aparece a Isaura com um estilaço do caraças. Não chores, não chores, NÃO CHORES NA MÚSICA! Podiam ter feito isto e ganhavam pontos, meninas, ganhavam pontos. Assim...

 

REINO UNIDO

Mais cabelo rosado (moda, portanto). Esta parece uma música daquelas da Disney, mas a mocinha faz-me lembrar o visual da Annie Lennox.

 

SÉRVIA

Apresenta-nos uma espécie de Rao Kyao com uma flauta, e um trio de mulheres a cantar algo que me parece muito bonito e tradicional da zona. Um fulano vestido de padre de filme de fantasia gótica. Não é mau de todo. Também não percebo um boi da letra.

 

ALEMANHA

Piano, que é o Chanel preto. Mais um arranjo de cordas. A música está bonitinha, e ainda a tenho de dedicar ao meu pai também. Tem o seu quê de lamechas, mas pronto. No fundo gosto.

 

ALBÂNIA

Também não está mau de todo. Um guitarrista a fazer uns acordes bonitinhos, e o fatinho do cantor que está fixe (quem me conhece sabe que me quero vestir assim, mas com menos buracos no casaco). Por uns breves segundos de música fez-me lembrar o November Rain, ou porque o estilo está próximo, ou por um acorde momentâneo.

 

FRANÇA

Eu percebo a intenção da letra, e gosto de ouvir falar francês, mas não posso deixar de achar um pouquinho desinteressante. Também podia ser uma música para os chocolates Merci...

 

RÉPUBLICA CHECA

Que estilo... um Justin Timberlake checo com trompete e batida à maneira daquela música do pai no trombone e o filho a bater com a porta do forno (o original, não este arranjo de trombone e forno).

 

DINAMARCA

O cantor podia bem fazer trabalhos de metal. A decoração do palco está linda, e a coisa está toda no estilo épico (estilo vikings e valhala). Das melhores, senão a melhor, que aqui apareceu. Transformem isso em metal sinfónico e têm uma música brutalmente épica.

 

AUSTRÁLIA

A convidada de fora para a festinha do grupinho da Europa. Uma cantora que canta pop, e uma música claramente pop. Típico na Eurovisão.

 

FINLÂNDIA

A música teve uns momentos em que eu até gostei da cor, mas... cantora numa maquineta estranha, que gira, rodeada de dançarinas/dançarinos vestidos com aquilo que parece ser o uniforme dos SS.

 

BULGÁRIA

Entre os nossos comentários, esteve que a cantora parece que está vestida num misto entre Bonney M e primórdios da ficção científica. E acho que até tem a ver com a música. Nada de mais.

 

MOLDÁVIA

Uma espécie de comédia pegada, com duas barbies de vestido amarelo, gajos que querem partir para o swing e portinhas a abrir e a fechar. Um deles parece um apresentador de televisão portuguesa.

 

SUÉCIA

Linhas. Passinhos à Michael Jackson com estilo à George Michael. E voz electrónica. meh. bleh.

 

HUNGRIA

Rockalhada! Não percebo a letra, mas devia, porque tenho uma húngara na família (tenho que lhe ir perguntar), mas gosto muito. No meio desta popzada e baladas todas, trouxeram rock da pesada e gritos. jaaaa!. Adorei. E tem mais melodia que muita musiquinha pop desenxabida que lá passou.

 

ISRAEL

Digam o que disserem, eu não gosto dela. Não gosto da atitude dela a cantar, não gosto de ter ido buscar uma ideia falsa e cliché de weeb japonês, não consigo gostar da música, para mim é horrenda. E imita galinhas. Eu sei que é uma das favoritas ao primeiro lugar. Desculpem, mas não, e é mesmo um redondo não. NÃO.

 

HOLANDA

Também vieram com um estilo de rock, mas é rock meio americanado. Com voz nasalada. Só falta um yehaw cowboy lá no meio. E começa da mesma forma que o Doctor Doctor Give Me The News... portanto, rock americano.

 

IRLANDA

Balada lamechas, mocinho com guitarra, com menina ao piano. Nada de espectacular ou interessante.

 

CHIPRE

Mais uma Shakira arraçada em Beyoncé e as singles ladies. Que para mim é só chata.

 

ITÁLIA

Uma música cantada a dois quase no mesmo tom, excepto no refrão. Não está má, porque ficaram no seguro, mas não tem nada a oferecer.

 

A seguir foram buscar um grupo que desconhecia e que se chama Branco (?), o Salvador que tem o seu estilo muito próprio, muito seu, mas que se ouve tão bem, e eu gostei desta canção dele, com o Júlio Resende ao piano, e depois convida o Caetano Veloso para cantar o Amar Pelos Dois com um improviso ágil e leve ao piano e que lhe fica tão bem. Ah, Salvador, que foste uma lufada de ar fresco e renovado para nós, mas não me parece que tenhas conseguido mudar o mundo eurovisionário.

 

Mas, enfim, vamos ao que interessa no final, que é o vencedor, e os resultados. O meu favorito é a Dinamarca, ou a Hungria, o favorito do povinho aí fora é a irritante da Israel, ou o Chipre, e Portugal vai ser completamente cilindrado.

E o prognóstico confirma-se. Portugal totalmente cilindrado, e Israel a vencer. E a Eurovisão a ser a Eurovisão de sempre. Oh well. Não esperem que para o ano volte a ver. Tchau.

Concertina

Durante este semestre, por circunstâncias que não posso discutir aqui e agora, deram-me a oportunidade de algo que ainda não tinha feito, e que durante os anos de conservatório quis (os anos de conservatório são sempre assim, sentimos que podemos conquistar o mundo, basta só fazer mais e ser os melhores). Fui concertino da orquestra. O que é uma coisa de importância, vá (costuma-se dizer que são os que ganham mais... e os que levam com a culpa toda em cima).

E eu posso dizer que... aprendi alguma coisa, claro, tive que me mandar muito mais para a frente, ter certeza no que estava a fazer. Queria dizer que correu tudo muito bem, mas estaria a mentir.

 

Eu não sou líder por natureza. Também tenho dificuldades em seguir quem quer que seja, o que me põe numa posição delicada de ser um caso absolutamente idiota de solitarismo no trabalho.

A verdade é que não quero ser tirana, e sei que teria uma certa tendência para isso. Também não queria ser aquela que praticamente é ignorada e deixa as coisas correr, mas acabo por o deixar fazer, porque, fazer o quê? Gritar com as pessoas, fechá-las numa sala a fazerem o que eu quero e como eu quero, mandar vir com outros? Não ia correr bem.

E em último caso, a orquestra é um grupo, não são duas ou três pessoas a saber tocar passagens. E falta-nos um pouco isso, o agir como um grupo de pessoas com alguma coesão. E aí, mais uma vez, talvez eu não seja a melhor. Eu sou, sempre fui, o elo fraco, a pária, a idiota com quem todos gozam nas costas, o saco de porrada da classe de violinos. E de repente foi-me dado uma importância, que deixou algumas pessoas bastante chateadas. Nisso, eu não posso fazer nada. Eu não pedi. E pelo que me disseram, fui escolhida não de facto porque sou a melhor a tocar, mas porque no meio de muitos fui a única que mostrou responsabilidade e trabalho. E quando me dão uma responsabilidade destas, a minha reacção é querer trabalhar para que as coisas corram bem. Aliás, quando me foi dado, a primeira coisa que eu tive foi medo e nervosismo (a vozinha na cabeça a dizer que é agora, é agora que todos vêm que não vales nada). Eu tinha que estudar o dobro, o triplo, para ter tudo certo.

 

É... foi uma experiência.

 

E a partir daqui gostava de melhorar. Estupidamente sou muito idealista, e gostava de melhorar a orquestra que temos. Falta violinos, falta violoncelos (só temos um), temos três violas! (em todo o lado há falta de violas) de quem eu gosto muito, não temos contrabaixo. Sei, talvez, de um rapaz que quer vir para cá, em violino. Também não é fácil porque para as cordas só abrem vagas para 4 violinos no máximo, e 2 de cada dos outros... e precisávamos de mais. Era bom também contar com a ajuda dos docentes de instrumento, era giro criar um grupo para incluir todos os alunos de cordas, era bonito uma associação com o conservatório, e masterclasses com professores convidados. Montes de ideias, falta a aplicação prática destas.

 

(Isto tudo porque ontem foi o último concerto da orquestra deste ano lectivo, e possivelmente o último comigo em concertino.)

 

Aliás, ser concertino vai contra a ideia deste blog... o fantasma sentava-se atrás de toda a gente. E eu sentei-me à frente de toda a gente...?

Vende-se Violino [Vendido]

Meus caros,

eu tenho um violino para venda.

 

(Hãn, como?) Pois, apesar de ter pensado que não, o que tem de ser, tem de ser com muita força. Não é o meu violino actual, é um violino que comprei para substituir quando não tivesse este (quando estivesse em arranjos), ou durante as férias para andar dentro de uma caravana/auto a bater sem que eu me preocupasse muito. Portanto, deve estar num estado esperto. Não, a verdade é que como acabei por não tocar assim tanto tempo nele, nem sequer o verniz da madeira está marcado da resina. Nada. Está como veio da loja. Então se está tão bom, porque o vendes? Porque simplesmente não o quero deixar sem tocar, a um canto da casa a ganhar pó, dá-me pena que esteja parado e para ele é estar a perder, porque não é mentira nenhuma que preciso de dinheiro e que apesar de tudo dificilmente terei direito a alguma bolsa, porque quero fazer Erasmus e vou comprar um violino novo a sério, de luthier.

É um violino moderno, de 2012 (comprei-o no verão de 2013), de construção e madeira de fábrica, como aqueles que se vendem em qualquer loja de música. Marca Carlo Giordano VS2, tamanho 4/4 (ou seja, inteiro, tamanho de um violino comum, não é dos pequeninos). É um violino melhor que o meu primeiro, e francamente podia ter feito o conservatório todo com ele. Excelente violino para quem está a começar e para alunos de nível intermédio.

Na loja custa 360€. Estou a vender por 300€, posso baixar até aos 200€. Com o conjunto todo, ou seja, incluí o estojo (com as correias todas), o arco, uma resina e, porque não lhe troquei as cordas e para ter mais algo, vai também com uma corda mi nova em pacote. Vendo a dinheiro, pronto, na zona de Évora.

 

Portanto, se alguma vez quiseram aprender a tocar violino, podem aproveitar um passeiozinho ao Alentejo. Até vos posso dar uma aula, se quiserem.

 

Vendo aqui.

 

(Vou ser muito sincera, não é um Strad. Mas desejava ter começado a tocar com este, em vez de um Stagg de cento e poucos euros. Aliás, uma colega do conservatório tem um destes e acham que é muito bom.)

 

Edição: Vendido. Obrigado pela atenção.

E, apesar de o ter tocado pouco, custou-me vê-lo ir embora (aquela dorzinha no coração, darei uma péssima fazedora e vendedora de violinos). Espero que faça muita música e alguém feliz, desejo-lhe a maior das sortes e ao rapaz que vai tocá-lo. Não venderei mais nenhum dos meus, mesmo que não tenha nenhum tostão e esteja a raspar com as nalgas na miséria.

Fantasma

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Não é utilizado o novo acordo ortográfico, ou nenhum acordo ortográfico que tenha existido. De facto, aqui escreve-se pela grafia mais conhecida ou mais amiga da oralidade, inventam-se palavras e distorce-se a linguagem sempre que necessário.

A língua é viva.